Livro didático do Governo?
Tanto tem se discutido a respeito do livro didático distribuído pelo Governo Federal que um bate-papo com duas pessoas queridas nesta tarde me estimularam...
Em primeiro lugar, disponibilizo dois links com visões antagônicas a respeito do tema:
A matéria As lições do livro que desensina, publicado pela Revista Veja e o O manifesto das professoras de português veiculado no site de Luís Nassif (www.advivo.com.br).
Revista Veja - Língua Portuguesa - As lições do livro que desensina
Luís Nassif - O manifesto das professoras de português
Artigos lidos (e aqui poderíamos acrescentar outros...), partilho o que eu penso a respeito.
Penso que pode ter havido pela mídia um sensacionalismo para desmoralizar não apenas os pesquisadores ou professores, aliás, apesar do absurdo de dizerem que somos (nós professores) preguiçosos, acredito que o objetivo maior (dos meios de comunicação) fosse desmoralizar mesmo o Governo. Não sou petista e percebo essa agulhada às equipes do atual Poder Executivo.
No entanto, acredito também que as discussões acerca da variação linguística são pertinentes e necessárias nas escolas!!! Só não sei até que ponto o ideal é "didatizar" isso. É uma linha muito, muito tênue que merece olhar cuidadoso.
Ensinar a língua padrão não é difícil mesmo! Difícil se tornará mostrar a necessidade de se ensiná-la, se for "menosprezada", já que não é a "mais importante".
Sou muito a favor do respeito pelas variantes (eu mesma as uso cotidianamente, aliás, que bom falante não as usa?), mas a forma de como explorá-las que deve ser pensada com cautela. Vejo, portanto, dois lados: a mídia quis desmoralizar o governo e usou os professores e alguns pesquisadores para isso; as escolas e os professores de português, de fato, não devem ignorar as variações e falares, mas só não se deve, em vez de tentar igualar as possibilidades de uso da língua, dar tanta ênfase nas que não obedecem à norma, a ponto de menosprezar a padrão. Porque sendo assim, teríamos a inversão do preconceito linguístico: o desprezível seria falar de acordo com a língua culta...
Será que fiz-me entender (se é que o entendimento de minha opinião interferirá em alguma coisa!!!)? O que você pensa?
Infelizmente em nosso pais, os interesses de uma minoria sempre estão acima dos interesses da coletividade. Certas discussões só vem a tona para servir de "dinamite" para tentar derrubar a minoria que esta no poder. E ai maioria? quem mandou pertencer ao proletariado.
ResponderExcluirÉ, Carlos! Na verdade, o que está em jogo não é o pedagógico e muito menos o linguístico, mas sim o político. O problema é que usam de argumentos "linguísticos" para defenderem o "social".
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