Homenagem ao vovô - Missa de 7º dia


A todos e a todas, uma boa noite!
“Nós temos tanto para lhe falar, mas com palavras não podemos dizer, como é grande o nosso amor por você...” foi assim que terminamos a homenagem feita à vovó Inaudy, há 7 anos...
E dizemos o mesmo ao senhor, vovô... porque por mais que nós tentemos, nem o infinito de palavras seria capaz de expressar o amor que Deus colocou em nossos corações pelo senhor...
Irmãos, é bem verdade que temos tristeza em nosso coração porque não temos mais hoje como abraçar nosso pai, avô, amigo... Por outro lado, temos o peito agradecido a Deus porque tivemos por 79 anos o Sr. Jordino, ou simplesmente, o Sr. Goiano conosco.
Temos o coração alegre também porque esta não é a primeira homenagem que lhe prestamos. Afinal, foram inúmeras as oportunidades que dele nos aproximamos e o agraciamos com carinho e amor. Foram inúmeras as situações que nos reunimos em torno dele e receber seu amor. Louvado seja Deus por ter inspirado nossos corações a fazer isso: homenageá-lo e amá-lo em vida. No entanto, hoje, dia em que celebramos seu 7º dia de falecimento, não poderíamos deixar de partilhar pedaços do amor e dos ensinamentos que ele nos ofereceu.
Sr. Jordino, o Sr. Goiano, se foi, mas ficam conosco os exemplos que ele aprendeu com a fé e as orientações que Deus lhe deu. São vários os momentos bons a serem lembrados: desde o abraço em seu corpo suado de homem trabalhador quando chegávamos a sua casa até o seu aperto de mão demorado, como quem pedia para ficar mais um pouco quando íamos embora... Seu suor nos inspirava segurança, no sentido de que ele estava saudável e que ficaria bem e conosco por um tempão ainda...
Além disso, seu suor nos mostrava a firmeza que tinha no trabalho, simples, mas que fazia com dedicação e o caracterizava como verdadeiro, indiscutível e inconfundivelmente um trabalhador rural.
Foi por meio dele também que Deus nos ensinou sobre a importância da alegria, da união, da sinceridade, do respeito, da dedicação à família, do carinho, da humildade.
O vovô, queridos irmãos em Cristo, era um homem extremamente prestativo à família e aos amigos, decidido, guerreiro e forte. Se Deus não o tivesse feito assim, não teria condições de cuidar dos seus cinco irmãos menores quando, aos 12 anos, ficou órfão de pai e mãe. Não era à toa que perto dele, encontrávamos aconchego...
Analfabeto, era um matemático por natureza. Fazia suas contas sem caneta ou calculadora e não era passado para trás e muito menos passava a perna em alguém. Afinal, um dos valores que nos ensinou foi: a honestidade.
Mas o vovô era também humano e, por isso, às vezes, era um tanto decidido demais, para não dizer cabeça dura. Não é mesmo madrinha e tia Mariinha? Não era à toa que, vez ou outra, ele nos fazia colocar tudo no lugar quando tentávamos faxinar do nosso jeito suas coisas, por exemplo.
Em outras, era direto até demais, não é tio Nesti? O senhor que ouviu dele ao ganhar uma vara de pescar “já que você não presta para trabalhar na roça, vê se aprende a pescar...” pode bem responder isso. E aí, tio, aprendeu a pescar? Não, né? Mas os ensinamentos e as façanhas do vô, não apenas o senhor, mas todos nós aprendemos e levaremos conosco, passando para nossos filhos e netos. É, Deus foi muito bom com ele e conosco, pois tudo de especial que uma pessoa poderia ter, nosso Goiano tinha... por isso, sentimos uma gostosa saudade...
Irmãos, poderia continuar por horas falando de tudo de bom que o vovô tinha: que foi um excelente pai, um avô presente e carinhoso, um amigo honrado, um trabalhador dedicado, um amigo prestativo, um homem de fé...
Mas vou resumir tudo isso com as palavras do meu primo Marcelo que está na Espanha e desabafou comigo a respeito do falecimento de nosso avô: “conheci muitos homens, de várias partes do mundo e posso afirmar: o mundo perdeu um grande homem”.

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