Trecho de Lusístrata (Aristófanes)
(...) Se um homem se colocar, sem truques de encenação, no papel de uma mulher e se uma mulher se colocar no papel de um homem, será mais fácil distinguir as diferenças naturais e inultrapassáveis, mas será também inevitável descobrir-se que ambos são pessoas e, neste conceito, iguais. (...) Nada é só preto ou branco. Há sempre algo de novo no velho e algo de velho no novo, algo de masculino no feminino e algo de feminino no masculino... E há em tudo isto muita incerteza... A única certeza, em todos os domínios, é que é tudo, felizmente, incerto, e nada é definitivo ou acabado (...).